S t a g e 4 3

sábado, 23 de abril de 2011

INXS

Eu não preciso saber nem a metade do significado das palavras que digo.
O que interessantemente intriga-me é que não têm nexo, mas dão total sentido para todas as minhas épocas.
Minhas épocas, unicamente minhas. Minhas palavras únicas.

Eu escrevo pra não me esquecer, falo sozinha pra não contar segredos só meus.
Vivo em quatro paredes. Às vezes entre umas dezesseis, talvez.
Meu mundo, mudo. Sorrir para o nada, enxergar além - silêncio.
Só eu entendo e interpreto a verdade. Minha verdade.
Minha (de)pressão.


Hipo-crise-ia

Cavou buracos no mundo, desfez os pulsos. Rasga tecidos com grafite.
Pontes, prédios se decompondo em meio à poluição.
Abriu a porta já olhando as lâminas no chão.

Carreiras e compras esticadas. Aprendem como apreendem.
Aquele velho clichê... "embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive, já morreu".
A morte cumpre horário.