quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hermosillo

           Entre o não saber o caminho e tantos anseios, eu apenas deixo o vento nos fios. Quando chove, eu clico em pausa e corro para a área de fumantes. Preciso ver aquela avenida inundada, aquele céu em prantos chorando em qualquer ombro.
           Cá estou perdida em braços que não pertenço, procurando algo ou alguém que inspire uma vontade única e suficiente. Não quero promessas falsas nem olhares que roubem minha atenção; não sirvo para ser uma opção. Mas eu vou esperar a alternativa B. Alguém ou algo que protege-me de carros, dá-me a mão com vontade, dá seus pulos pra me observar sorrindo...
           Estou em débito comigo mesma e minha fé é fraca, então talvez minha garota possa voar em breve, num México próximo. Um prédio alto, cheio de janelas espelhadas, brilhando como estrelas cadentes de meio de passeio.
           O vento é rápido e tocar o chão não é o fim.


Desear la muerte en un día de lluvia hace el pecado ser algo hermoso.

2 Comentários:

Blogger pk disse...

haaaaa o sol laranja do mexicoo..hermosillo....voarr...o chao nao e o fim..como comentar em algo que eu poderia ter escrito....tao meu..e sempre asssim...nossas palavras e pensamentos..em corpos ,vidas,caminhos diferentes..e no fim e tudo tao igual.........te amo mano!

15 de janeiro de 2010 às 18:10  
Blogger Débora disse...

" não sirvo para ser uma opção. "
Adorei tudo, mas ese trecho resumiu tudo o que eu estava tentando expressar.

25 de janeiro de 2010 às 17:44  

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